segunda-feira, 2 de julho de 2012

The kids aren't alright

 É bizarro como tem gente que aprende a "jogar" desde cedo. Pais que mimam seus filhos de certa maneira que criam pequenos grandes aproveitadores. Aquelas crianças que conseguem tudo que querem, por saberem como fazer isso. Fazem pirraça, brigam, cobram os adultos, como se fossem gente grande. E conseguem! Isso é o pior. Fecham a cara e ganham sorrisos. E pronto, missão cumprida. Tem o que queriam.
 Aposto que todos conhecem alguma criança assim, daquelas espertinhas até demais, que são mais adultas do que precisam. São crianças que já querem mandar desde cedo e usam a idade a seu favor. Afinal, quem resiste à um sorriso infantil? Pois é, e é aí que mora o problema. Elas não aprendem a ouvir o não, e querem tudo como pensam que deve ser. Não quero isso, quero aquilo e por aí vai. Quando você vai ver, perdeu o controle a situação. E mais adiante, se transformam em adultos exigentes (de forma negativa), arrogantes, implicantes e sem educação.
 Atualmente, sinto que as crianças são são mais crianças como antigamente. Na minha época, a gente brincava na rua, nas casas dos vizinhos, apertávamos o interfone pra depois sair correndo. Depois da escola e dos deveres prontos, o que restava era diversão. E ai de mim se não obedecesse meus pais. A maior preocupação era com quem brincar. Claro que também tinha o inglês e/ou a natação e o balé, mas o tempo livre era a maior parte do tempo. Hoje não, as crianças tem cada vez mais afazeres, cursos, deveres. E cadê a vida? Claro que é bem importante prepará-las pro mundo que vai vir e deixá-las mais prontas pro sucesso, mas não sei se precisa de tanto. A vida já vai encarregá-las do resto. Elas vão ter suas obrigações em não tão longo tempo. A gente sabe muito bem que a infância passa, e rápido. E é nessa época em que formamos nossos corações. Mais do que a gente pensa, essa é a época em que nossos pais fazem maior influência. Muitos traumas de vida vêm da infância e são os mais difíceis de serem deixados de lado. Por isso, mimo é bom, mas com moderação. E existem tipos diferentes dele - aqueles que não apresentam perigo pro futuro e aqueles que transforam a criança num adulto chato, insistente, teimoso, ranzinza e mimado. Que quer tudo da sua maneira e não sabe lidar com o não. E não, não dá pra se viver só de sim e assim. Não sou a favor de fazer corpo mole. Então, não é só porque as crianças são crianças que não devemos ensiná-las a terem modos, respeito e um trilhão de coisas básicas para se ter educação. O mundo já está cheio disso.







Todos os direitos reservados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário