In the past

"Enquanto você viver no passado, você nunca encontrará seu futuro." 

 Como dizem por aí, quem vive de passado é museu. Lembranças antigas que não deixam o presente, nós na garganta que não se desfazem. E um passo pra frente parece ser dado pra trás. A vida não anda. E como tem gente que vive assim (?). Uns insistem em não esquecer o que já passou, parece até que se estimulam a lembrar de fatos que já podiam ter sido enterrados. Como aqueles ex-namorados que sempre se encontram. Se é ex, algum motivo tem. E ficar revivendo uma história que já acabou, é querer ficar preso à uma história que não existe mais. Se quer fazer existir, então faça o presente, ora bolas! Traga para o presente, mas de uma vez por todas, sem essa de ficar indo e voltando.

 Dizem também que cristal quando quebra não se reconstrói. A peça nunca mais será a mesma. E, querendo ou não, não é mesmo. A gente pode insistir pra ser, lutar e pode até acabar sendo melhor (ou pior), mas nunca igual. Se já quebrou, melhor comprar outro, talvez. E deixar o passado limpar os cacos. Um passo à frente vale bem mais que dois pra trás. Fato. Crescer, amadurecer, melhorar, como você queira chamar. Olhar pra frente e cuidar do que virá. Pode ser bem melhor.

 Histórias antigas fazem parte do que somos hoje, mas o futuro também faz. E ficar estagnado no que já foi, só vai abrir antigas feridas. Se você perdoou, melhor manter a cabeça erguida e digerir (não só engolir) o que te fez mal. Se você sofreu, melhor aceitar que isso te fez mais forte, e buscar a tão sonhada felicidade. Se alguém te fez sofrer, bola pra frente e parta pra outra. Melhor que sofrer de novo. Se você não conseguiu, corra atrás de conseguir. Se alguém já se foi, esse alguém já se foi. Se algo te fez feliz, não queira repetir na mesma dose, nada será como antes. Melhor buscar outros sorrisos. E por aí vai. O importante é desamarrar as amarras que te prendem à uma antiga vida, que já não tem mais lugar no presente, nem no futuro. E olhar pra frente, sempre. Talvez assim seja melhor.

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