segunda-feira, 22 de abril de 2013

One way or another

 Tabus. E quem não tem? Todo mundo já passou por aquela fase de ficar se perguntando se certas coisas que fazia ou pensava ou imaginava eram certas ou erradas. Nem que seja na adolescência. Quem nunca se julgou? Julgar os outros é mais comum ainda, claro, mas se perguntar por que está pensando isso ou aquilo também é corriqueiro nas cabecinhas alheias. Por mais que você tente esconder pra você, o tabu continua sendo um tabu enquanto você não resolve tirá-lo do esconderijo. Porque quando ele deixa de ser tabu, fica mais difícil de segurá-lo. Ele fica livre. E assim, você. Pra sentir, viver, se deixar levar. Ah, mas e o medo de deixar o pássaro voar? 
 Muita gente por aí finge, esconde, usa máscara, se maqueia até não se encontrar mais. Tudo pra ser diferente, ou pra amenizar seu próprio eu. Quando na verdade, no fundo, essa pessoa se esconde dentro dela mesma e tem seus segredos, é feliz por dentro, mas quase nada por fora. Tem gente que tenta ser outro alguém. Vai entender. Assumir pra si mesmo suas dúvidas, medos, receios, vontades e curiosidades, é o primeiro passo pro auto-conhecimento. Pra alguém te conhecer melhor, primeiro você tem que se conhecer bem. Não adianta por um escudo onde dali ninguém passa, ninguém entra. Assumir que a gente erra, acerta, tem medo, sente saudade, sente vontades, chora, sorri, ama e, de vez em quando, não tem sentimentos tão legais, é assumir que você é um ser humano. A não ser que queira ser um robô - o que ainda não está disponível no mercado, e para a vida.
 Não saber como agir é normal, a gente não tem que saber tudo. Não saber o que pensar de você mesmo por pensar daquele jeito, também é. Se envergonhar por determinados pensamentos ou deixar de tentar porque os outros vão falar, causa indigestão, no mínimo. Better be yourself. Sem maquiagem. Fazer sentido ou não, é o de menos. E aquele famoso tabu faz parte, mas não é pra durar uma vida. Você não vai querer deixar de viver.





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