domingo, 19 de maio de 2013

That's just life, baby...

 Às vezes a vida nos prega peças e a única vontade que te dá é de chorar. Voltar a ser criança, fazer bico, birra, sentar num cantinho e ficar bem quietinha. All alone. Parece que o mundo de repente virou de cabeça pra baixo e não quer voltar ao normal. Tudo confuso, tudo maluco. As visões distorcidas e a esperança querendo ir embora. Tudo cinza.  Parece que a inspiração pra viver foi embora sem dar satisfação e muito menos tchau. E fica só aquela pequena grande dor lá no fundo do peito.
 Que vivemos num ciclo, todo mundo sabe. Um sobe e desce infernal, uma hora sim outra não. Vida bipolar. Épocas em que estamos lá no topo, bem em cima, e épocas de seca total, onde o não predomina. E nessas a gente aprende, viu, e como aprende! Mesmo que você nunca chegue à essa conclusão no momento da dor. Aliás, a gente só percebe a evolução dessa mesma dor muito depois que ela vai embora, infelizmente. Ainda não somos super-humanos. O negócio é sair vivo dessas horas, só com pequenas - ou muitas vezes grandes - cicatrizes. E ter orgulho do fim, quando olhar pra elas.
 Se existe manual pra sair do fundo do poço? Chá de camomila, inspiração, vontade, suco de maracujá, sorrisos, abstração, paciência. Porque só tempo. E esse tempo não costuma ser fácil, mas passa, como tudo na vida. Vale chorar, espernear, gritar, beber pra afogar as mágoas, dar piti, ficar na sua. O que te fizer ficar bem com você mesmo. Obviamente, com seus limites. E esperar a maré passar, acreditando que tudo pode ser melhor.




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