segunda-feira, 19 de agosto de 2013

But I miss you...

 A perda, se não é o pior sentimento, está tipo nos top 5. Com certeza, ele é um dos que mais faz doer. E dói de qualquer jeito, mesmo quando essa perda é só uma sensação. Mesmo que você não tenha literalmente perdido algo ou alguém, mesmo que tenha só se afastado, mesmo que seja temporário, ou por um momento. Dói. Finca. Arde lá dentro. E até virar só saudade, ah o processo é lento. Acredito que a crise de abstinência seja nos piores primeiros dias, onde tudo ainda tá muito fresco, muito nítido, e a memória não para. Na verdade ela só te atrapalha, educadamente falando. Parece que o cérebro da gente faz questão de filtrar só os melhores momentos, quando não deveria. Parece que ele escolhe aquelas cenas que mais vão te doer. E tudo te faz lembrar.
 Tanto dizem por aí que quando a gente perde, dá valor. Na verdade nem acho que seja o valor, propriamente dito, mas a falta te mostra bastante coisa. Te faz sentir falta. Te faz crescer. E também te afasta, se esse for o caso e você quiser. O tempo faz milagres, e também te ensina a deixar pra lá. E essa linha entre o deixar pra lá e te aproximar mais é tão tênue, tão paradoxal, tão contraditória, e tão normal... Todo mundo passa, passará ou já passou por situações do tipo. Seja tendo que se forçar a perder e esquecer algo ou alguém, seja aumentando os laços e se aproximando mais de quem, por um tempo, se distanciou.
 A verdade é que a gente chora, esperneia, faz doer ainda mais, põe pra fora, finge esquecer, fica bem, fica mal de novo,faz calendário, faz planos, tenta fazer o tempo passar, mas nada passa. Só no tempo que o tempo quer. E tem outra opção senão esperar? Só na força - não só de vontade, mas também física.
Stay strong.






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