segunda-feira, 16 de novembro de 2015

If I let you go



 Com tanta coisa pra falar, eu acabo não falando nada... Guardo pra mim todo meu coração, que poderia ser seu, mas não. Engulo meu choro, aperto meu sufoco e tento resistir. Desistir. Distrair. O que é pra ser sempre é, mas quando? Até quando a gente espera pra talvez não ser? Se vale a pena ou não, não sei agir com a razão. Me deixo levar, me deixo cansar, sempre sigo meu coração. Mesmo que ele me diga não. E talvez seja a hora.
 Tentei ficar aqui, tentei te trazer pra mim. Te falar a verdade, te dizer que poderia ser tarde. Honestidade. Mas não. Não vou passar por cima de mim se você não passa pelos seus medos. Quer empurrar com a barriga? Pode empurrar. Só não me leve junto e não me chame pra ajudar. Não me chame pra compartilhar um sentimento que não é meu. O meu é, e como é. Por inteiro. Tenho peito pra enfrentar o que me derem. Não sei viver o que não é. Não sei mentir, não sei fingir. Não sei. E se você sabe, adeus.
 De certas coisas na vida a gente sai sem querer. Entra sem pedir. Vive sem viver. Aquele morno que não queima a língua, aquele passo em que você não sabe aonde pisa. Se vale a pena? Talvez não. Quem quer, faz. E se faz, aí sim. Se fizer valer a pena, entro pra ficar. Mas se for pra ser problema, melhor deixar pra lá. Pra nós, pra mim, pra você. 

Mesmo não querendo ir embora. 






Todos os direitos reservados. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário