segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

To be yourself



 E você, faz o que realmente quer ou faz porque tem que fazer? Faz pros outros ou pra você? Até quando a imagem ou o que eu quero mostrar pros outros vale mais do que o que me realmente me importa? Parece que as pessoas ficam cada vez mais plásticas, nessa era internética. Todo mundo prefere mostrar o que quer do que ser o que é. É mais legal mostrar pros outros o que a gente acha que seria legal, né? Fazer comentários pra que os outros vejam que estou ali, tirar fotos pra que todos saibam que estou feliz. Quando não. Quando não estou e não sou. Ali é apenas um espelho de mim. Triste a realidade de quem não se assume ou não sabe o que quer. Ou até sabe, mas precisa mostrar pra todos pra se auto-aceitar. Talvez as redes sociais tenham virado um divã em praça pública. Pena que os próprios autores não sabem nada de suas vidas.
 Não saber o que quer não é necessariamente um problema. Quem nunca ficou indeciso? Isso acontece, inúmeras vezes. O problema é não se decidir, ficar no meio do muro. Desviando um pouco do tema principal, as decisões mais sábias são as que vêm do coração. E voltando ao assunto, muita gente precisa de atenção, de quem quer que seja. Mais fácil olhar pra frente do que pra si. Pro outro. Qualquer coisa, menos o "eu". O tal "eu" que fala mais que qualquer um, e infelizmente está ficando pra trás. Muita gente vive situações em que a vida se encarrega de resolver, sim. Mas e aí, vamos deixar tudo em suas mãos?
 Gosto de gente bem-resolvida. Gente que não incomoda pra poder se auto-afirmar. Gente que sente e fala e, se não sente, não fala nem faz. Sai de cena e fim. Não existe história sem personagens. Talvez, no meio dessa bagunça entre expor ou não nossos defeitos, inconscientemente, fosse melhor nos expormos pra nós mesmos. Nos despirmos pra encontrar o jogo dos sete erros e não atingir ninguém que não está na nossa história. Talvez, assim, possa haver algum final feliz.







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