segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Inferno Astral

 Ansiedade me matando. Não agüento mais pensar e querer e pensar e querer. Expectativas, invenção de uma realidade que às vezes não existe.
O hoje, amanhã. Madrugada, já é dia. E semana que vem. Quero mais. Do mesmo. De novo.
O tempo parece não passar, e passa rápido. Tão rápido que nem vejo, nem sinto. Porque espero mais. Quero demais. E já estou no próximo mês.
Não me dou, nem me entrego. Fico no entra e sai. E metades me incomodam. Ao mesmo tempo que, no atual momento, me relaxa. Pensando demais não? E tentando desvendar o impossível, que nem eu quero saber. Mal acostumada. Ou não. Enquanto isso flutuo. Precisando aterrissar.
 Tá bom, chega! Quero descer. Parei de brincar. Só queria fechar os olhos e não pensar. Em nada. Não esperar. Não fazer planos futuros nem querer viver o inusitado todos os dias. Sem cenas de cinema. Desenrolar os nós do caminho. Viver dia após dia.
Queria parar um pouco, desligar o botão. Sair da erupção.
Pelo menos até eu voltar pra mim. E pra esses vinte e poucos anos.





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