segunda-feira, 19 de março de 2012

Between the lines

 Cumplicidade é algo que não se compra. Não dá pra forçar ou algo do tipo. Ou você é cúmplice de alguém ou não é. É dividir segredos, vontades, verdades. Querer dividir a vida e poder contar. Querer contar. Não saber o final da história, mas fazer questão de estar lá pra descobrir. 
 Quando a gente resolve das as mãos pra alguém, temos que acreditar naquilo. Seja na amizade, seja no amor. Não dá pra querer viver uma vida juntos com objetivos e pensamentos muito diferentes. Na amizade a gente ainda consegue conciliar um pouco mais, mas não dá pra ser cúmplice quando se é julgado. Tem que ter verdade, poder dividir. E quando somos cúmplices de alguém, ah, isso vale muito. Mais do que gente pensa. Existe uma confiança implícita ali, você sabe que pode relaxar e deixar rolar. Sem medo.
 Como sempre gosto de dizer, certas coisas apenas são, e ponto. Outras não! E, se não é, melhor não insistir. Partir pra outra, buscar o que é seu. Procurar alguém que entenda seu colorido, seu sentido. Fazer sentido. E isso pode até ser construído, mas não é inventado. Não dá pra fingir algo que não é. Uma hora passa e, como dizem por aí, a máscara cai. Tudo se embola. Se é pra viver com alguém, melhor que esse alguém já seja seu cúmplice. Se é pra dividir segredos, que eles sejam secretos, e leves. Sem o peso do julgamento. Se é pra amar, que esse amor seja verdadeiro e tudo possa ser dividido. E nada mais.





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