segunda-feira, 4 de junho de 2012

A price to pay

 Sabe quando tudo sobra pra você? As compras, os problemas, a organização, os limites. A sua vida e as dos outros. E não para. É ter que por tudo no lugar o tempo todo, fazer acontecer pra roda não parar de girar. Aí, quando você vê, a cabeça tá perdida, a mil. A agenda quase não funciona mais e o tempo não para. Só passa. As responsabilidades não param de crescer e você cresceu. Bem vindo à vida adulta. 
 Aí bate aquela saudade da vida quando criança. Onde tudo funcionava quase perfeitamente e o tempo era quase abstração. Onde brincar era a maior preocupação do dia e os contos-de-fada eram praticamente uma realidade. Seus pais heróis, os filmes um sonho e os sonhos, bastava ter pra se realizar. Tudo parecia tão longe né? Achava que aos 23 iria ser mãe e já teria a vida feita. Ai de mim! E as expectativas aumentam ao longo dos anos, parece que tudo piora. As provas são maiores e te dão uma vida pra cuidar - a sua. Mas quem dera que fosse só a sua... A gente tem mania de pegar tudo pra tomar conta. Além do que o nosso corpo e mente podem aguentar. E quando vamos ver, estamos doentes, estressados e com rugas de tanto fechar a cara. Tudo é motivo pra tudo. Ou nada é motivo pra muito.
 Mas isso é coisa de quem quer que tudo seja perfeito. Sempre preferi fazer do que deixar os outros fazerem por mim e eu não saber como vai ficar. Desde os tempos dos trabalhos na escola. E agora pago o preço. Não dá pra fazer tudo o tempo todo. Não cabe. Não faz bem. E a saúde é a primeira a pagar. Carregar o mundo nas costas não vai fazer com que as coisas fiquem mais leves. Pelo contrário, só atrai mais peso pra você. 
 E qual é o remédio pra isso tudo? Ainda procuro por aí. Buscando uma fórmula para apenas viver a vida. Dia após dia.






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