segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O que você quer ser quando crescer?

 Um pescador. Uma bailarina. Um músico. Um artista plástico. Um médico que cuida de idosos. Uma chef de cozinha. 
 Quem nunca respondeu ou se fez essa pergunta? Como se respondê-la fosse definir o resto de nossas vidas... Quando crianças, temos sonhos, vontades e pequenas ideias do que a vida realmente é. Parece que tudo é mais colorido e as pessoas são maiores do que realmente são (eu pelo menos tinha essa impressão.). E em algum momento dessa mesma vida, somos obrigados a pensar em algum futuro. Seja ele válido ou não. Quer ele aconteça ou não - e na maior parte das vezes ele não acontece como planejamos. A verdade é que as pessoas te levam a mudar de ideias, gostos e razões, por motivos específicos como "se dar bem na vida", "ser bem sucedido", "formar uma família", entre outros menos usuais. Traduzindo em uma só palavra, tudo se resume em ter dinheiro. E ponto. Ninguém dá a mínima pro que você realmente gosta de fazer, e as pessoas até acabam esquecendo e perdendo os gostos. E é nesse ponto em que quero chegar.
  É claro que precisamos do dinheiro, sucesso e outros bens materiais pra conseguir viver uma vida, no mínimo, legal. Não se faz nada sem aquelas notinhas de papel com animais e número estampados, infelizmente - ou felizmente. E pra ganhá-las, tem que trabalhar. Duro. Correr atrás do que quer que seja. Ralar. E não é melhor quando isso tudo gira em torno de algo que você gosta de fazer? Quando esse dinheiro vem como lucro de uma atividade que você faria até de graça? Ah, é bem mais legal. No mínimo, mais prazeroso. E dá pra unir essas duas coisas. Não é fácil, como tudo na vida. Mas fica menos difícil quando você passa a ouvir mais o coração e menos essa mente que não para de pensar. O negócio é sentir. Fazer o que gosta traz mais benefícios do que a gente imagina. Cuida da saúde e da mente, ao mesmo tempo. E te dá mais chances de ser mais "bem sucedido", pois se trata do que você sabe fazer de melhor. Quando a gente para de ouvir o que os outros tem a dizer sobre nós mesmos, a gente passa a se ouvir. A ser ouvido. Porque no fim das contas, quem vai viver sou eu. E se eu sou feliz pescando, que eu pesque, então. O reconhecimento, dinheiro, e o que vem com ele, é consequência. Porque se você realmente gosta de algo, vai dar um jeito de se virar com aquilo. Como se não houvesse outra opção. E é assim que a gente sente quando é pra ser.
 Bons médicos são ainda melhores quando escolhem essa profissão por amor. Bons cozinheiros fazem comidas muito mais deliciosas quando sentem prazer em cozinhar. E assim por diante. Cada um tem suas verdades e vontades. Gostos e desgostos. E porque não ouvi-los melhor? Talvez o mundo fosse mais feliz. As pessoas seriam menos amarguradas e teriam mais bom humor. Seriam mais sorridentes. Como dizia Gandhi: "O que mais surpreende é o homem, pois perde a saúde para juntar dinheiro, depois perde o dinheiro para recuperar a saúde. Vive pensando ansiosamente no futuro, de tal forma que acaba por não viver nem o presente, nem o futuro. Vive como se nunca fosse morrer e morre como se nunca tivesse vivido." Pois eu sou mais ter a minha saúde, o meu humor, o meu presente e o meu sorriso, do que seguir regras e chegar no mesmo lugar. Ou não sair dele. O importante, realmente, é ser feliz.





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