domingo, 9 de junho de 2013

Deadline

 Em certas coisas, a gente precisa por um ponto final. Uma data pra acabar. Uma resolução. Sem reticências, apesar de a vida ser feita de 3 pontinhos. Porque senão a gente dá continuidade à tudo e não continua nada. Porque pra começar, tem que acabar. Que seja a longo prazo, mas que tenha prazo. Que tenha validade. E que valha a pena.
 Quem nunca empurrou com a barriga, põe o dedo aqui. Bullshit. Todo mundo já varreu sujeira pra debaixo do tapete, escondeu debaixo dos panos, tapou os olhos pra não poder ver. Fingiu, mentiu ou os dois. Foi legal? Não e não é. Melhor jogar limpo, principalmente quando esse jogo é com você mesmo. Não dá pra por a cabeça no travesseiro e dormir tranquilo quando você não está. Quando a vida te dá pendências pra resolver. Exceto em casos de psicopatia, que tô longe (do assunto e de pessoas do tipo). Sinceridade é um dom e um defeito. Só quem tem sabe. Ser sincero demais pode acabar com tudo ou pode salvar o mundo. Mas algo tão extremo não deveria ser dado de graça, concordam? Principalmente pra quem não sabe como agir. Aí sim, vira doce na mão de criança. 
 Mas voltando aos pontos, não se vive de exclamações, ainda tô aprendendo. Nem sempre teremos um final feliz. As reticências só causam ansiedade, tem coisa que tem que ter ponto e ponto. Por mais que doa, e vai doer. Eu também sou daquelas que prefere não ver pra não chorar, mas psicologicamente falando, o ser humano precisa ver, chorar, sofrer e viver o luto pra ser recuperar. Vai entender né, ô raça louca! Mas enfim, se é pra ser assim, que a gente aprenda a chorar, assumir, terminar, começar, dar o primeiro ou último prazo e passo, fazer valer a pena. Sorrir mais, pensar um pouco menos, acreditar, dançar na chuva, comer e falar besteiras, conhecer gente nova, esquecer o que não tá mais ali, abstrair, renovar. Amém!





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