segunda-feira, 23 de setembro de 2013

"Gravity... stay the hell away from me!"

 Que a gravidade te mantem com os pés no chão, todo mundo sabe. Mas e quando você não quer parar de voar? Quando se trata de coração, os limites quase não existem e, quando existem, a linha para perdê-los é bem tênue. Aí é preciso mais auto-controle, baldes de água fria e banhos de realidade pra acordar dos sonhos, muitas vezes voltar pro pesadelo. Pousar e repousar. Nada tão reconfortante, mas necessário.
 Todo mundo quer voar. Seja literalmente ou só no sentido figurado da palavra. Dando asas à mente, imaginação, corpo e alma. Seguindo instintos, acreditando em si, se deixando levar - na medida do possível. Essa sensação de liberdade traz leveza e coragem, no mínimo. Pra deixar a vida ser. Mas a tal gravidade te puxa pro chão, no mais curto prazo, e te lembra que nem tudo é possível, e uma hora temos que voltar. Parar. Voltar pro mundo e deixar a fantasia um pouco de lado. Porque o real é um pouco mais duro que deveria ser.
 Se objetos com massa exercem atração uns sobre os outros, o mundo é uma fonte de atração inesgotável. Pessoas e vidas se atraem. E a gravidade é força. Fez sentido? Talvez. O mundo te atrai e te puxa, junto com a vida. E sai levando tudo junto com você, inclusive o que você não quer. Leis da atração, fazer o que. E voltamos ao ponto de onde começamos, no chão.
 A verdade é que não existe fórmula pra nada na vida. Nem receita, nem modo de fazer, nem "10 dicas para melhor se comportar". Porque uma hora a gente sobe, outra a gente desce, uma com os pés pro alto, outra com as mãos no chão. A gente se rende e entrega nas mãos de sei-lá-quem. Talvez nossas mãos, mas a gente finge que não pra ficar mais poético e fácil de acreditar, já que por a culpa nos outros é mais fácil. E a gente continua voando bem alto, caindo de mais alto ainda, pedindo, às vezes, até pra gravidade te buscar e te por no eixo. E outras, pedindo aos céus pra te levar com ele, só pra viajar um pouquinho. Entre altos e baixos, a gente vive nessa roda-gigante, que tá mais pra montanha-russa com loop e toda emoção que se tem direito. Porque vida é vida, com toda a sua inconstância.



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