Come and go...

 Estranho como as pessoas se afastam e se aproximam ao longo do tempo. Os anos passam, as lembranças ficam e nem sempre, quem fez parte delas. Na verdade, quase nunca. Você já parou pra pensar em quantas pessoas já conhecemos até o dia de hoje? Quantas pessoas já foram muito importantes, quantos não valeram nem 1 minuto da nossa atenção... Quantos nos ensinaram, xingaram, enlouqueceram, nos fizeram felizes. Quantos momentos. Nem em fotografia cabe.
 Muito do que passamos diariamente vai virar memória perdida. Quantos pequenos momentos não são percebidos, quantos detalhes passam sem ao menos serem notados! É impressionante como focamos só no que queremos. O que não nos chama atenção talvez nem importe, mas importa muito. Faz parte do que a gente é. Faz parte daquele eu que, às vezes, nem eu conheço. Se fôssemos filmados durante 24hs por dia, todos os dias da vida, talvez aí chegássemos perto de ver aquela verdade não dita. Aquilo que a gente não vê. O que somos para o mundo.
 Pessoas vêm e vão, sim. Algumas a gente quer que nunca tivessem passado pela nossa vida, outras, queremos nunca ter deixado ir. Muita gente importante pra gente se perde no meio do caminho e deixa de ser o que deveria ser. Escolhas, cada um com suas razões. Mas parece que a vida sabe o que faz. Sabe todo o quebra-cabeça e como montá-lo. A gente não entende, e muitas vezes não quer entender. É bizarro como, no final, tudo faz sentido. Não acredito em coincidência, e sim no que é pra ser. Aos poucos tudo se encaixa e o sentido passa a fazer sentido. Mesmo sem fazer.

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