segunda-feira, 12 de maio de 2014

Mas por quê?



 Vivemos incessantemente numa busca pelas respostas da vida. Os porquês diários que nos fazem mais preocupados com o futuro do que com o presente. O querer saber o que vai ser, se vai ser, por que vai ser. E a falta e o não, nos tiram o chão. Nos tiram o rumo e a cabeça confunde o foco.
 E se nem tudo tem respostas, pra que continuamos com os porquês? Talvez por sermos curiosos o bastante pra entender a vida. Talvez por não estarmos satisfeitos, desde pequenos, com os famosos "porque sim" e "porque não". Talvez por termos a capacidade latente de pensar, e pensar até demais. Pelo simples não bastar. Já corremos pros detalhes, queremos saber o que no fundo acontece. Ler as entrelinhas. E como eu quero! Quero conectar os pontos antes de eles estarem todos ali. Mesmo sabendo que isso não é possível.
 A gente tem costumes demais, manias demais e relaxamos de menos. Preocupamos exageradamente e perdemos muito tempo com o que já foi, com o que não é e esquecemos do que está sendo. Fácil falar, na teoria. Quem na prática não perde vários minutos do seu dia pensando no amanhã... Fazendo planos, tendo medo ou apenas tentando enxergar um futuro não previsto. A gente faz contas, escreve o roteiro e tudo nem sempre sai como o planejado. Quase sempre não. E nos frustramos. Não sabemos lidar com a frustração. E nos perguntamos por quê. Sem respostas, difícil entender. Melhor abstrair e deixar pra lá. Certas coisas não valem nem a pergunta.






Todos os direitos reservados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário