segunda-feira, 5 de maio de 2014

O que eu também não entendo



 Tem coisa que a gente não entende. Meia sem par. Coração frio. Arco íris sem sorriso. Novidades sem frio na barriga. Ponto sem nó. Início sem fim. Aniversário sem brigadeiro. Praia sem sol. Criança sem sorriso. Circo sem palhaço e parque sem roda gigante. Meios sem fins e fins sem meios. Pequenos detalhes que fazem toda a história acontecer. Aquilo que a gente nem acha que faria tanta diferença, só um pingo no i. Quando na verdade, faz tudo. 

 Dizem que, depois que tudo acontece, a gente liga os pontos. Conecta os fatos e faz o nosso sentido. Sim, faz sentido. Até certo ponto. Tem coisa que fica sem explicação pra vida inteira. Como a saudade da perda de alguém, por exemplo. A morte ainda continua sendo a maior das piores dores. Explica-se, sim. Entende-se? Nem sempre. A gente tenta lidar.
 Porque a verdade está nas pequenas coisas. No que não pode ser visto, mas você sabe que está ali. Você sente. O sentido é sentido por cada um, e entendendo ou não, a vida continua não dando resposta pra tudo que a gente quer. Interrogações com reticências e sem pontos finais. Fazer o quê? Quando não temos mais suficientes pra controlar o que não se controla, a gente aceita, vive ou deixa pra lá. 











Todos os direitos reservados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário