segunda-feira, 16 de junho de 2014

Walk on

 É preciso sentir a dor. Com tudo que ela traz, todos os defeitos e efeitos e sensações. É preciso sentir, mesmo que doa - e vai doer. Mesmo que não seja fácil - e não vai ser. É preciso aceitar o que dói e entender que, um dia, vai passar. 
 Quando prorrogamos a dor, prolongamos o nosso sofrimento, varrendo pra debaixo do tapete o que deveria ter sido digerido. E o que acontece? Um dia volta. De que adianta eu evitar o meu sofrimento hoje e amanhã sentir tudo em dobro? Passar por cima da verdade só piora a vida como ela é. E sim, a gente sofre, sente dor, perde, chora e acha que vai morrer, mas não vai. O momento pode parecer ser o pior de todos, e é exatamente por isso (sendo uma forma de proteção) que a gente evita sentir. Finge que não vê, que não escuta, que não quer. Mas tudo está ali.
 Vivendo e aprendendo, sim. Não há outra forma de se viver. Mesmo com toda dor do mundo, mesmo que caia seu mundo, certas coisas não podemos evitar. E talvez seja melhor mesmo vivê-las no presente, pra proteger o seu futuro de incertezas e dores sem aparentes motivos. Tudo que vai, volta, certo? O que não vai, fica. Só nos resta aceitar - e por em prática todo o aprendizado. 





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2 comentários:

  1. Ei! A algum tempo postei algo um pouco semelhante, pelo menos me fez lembrar. Dá uma lida aí, se tiver tempo!

    https://ordinariaodisseia.blogspot.com/b/post-preview?token=UlWlFEcBAAA.hjBRcwmB-hLVnbMW014mXw.0TfmkUmP5BW2048y4qXaUw&postId=4273106071938922454&type=POST

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  2. aliás, é esse link aqui ó!

    http://ordinariaodisseia.blogspot.com.br/2013/08/nascimento.html

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